Ela acordara morrendo de ansiedade, pois
sabia que sua mãe havia escondido os ovos de Páscoa em algum lugar e ela
precisaria procurá-los através de pistas. Todo ano, sua mãe deixava pistas pela
casa e pegadas de coelho para que ela pudesse estar pronta para a caça e
encontrar seu tesouro: chocolate.
A cada ano, as dificuldades aumentavam,
o que acabava tornando a brincadeira mais divertida e desafiadora. Mais do que
os chocolates que ganharia como recompensa, o que a deixava feliz era ter essa
tradição, ter esse momento de diversão com sua mãe e depois se lambuzar de
chocolate com ela.
A menina sabia o quão significativa era
aquela data, a ressurreição de Jesus Cristo, que morreu por nós, mas além
disso, também sabia o quanto esses momentos com sua mãe eram, da mesma forma,
importantes, já que além de refletir sobre o significado da data, era um
daqueles dias em que tinha a atenção exclusiva da pessoa mais importante da sua
vida: sua mãe.
Ela não queria que a infância acabasse,
que esses momentos se dissolvessem, mas tinha certeza de que quando isso
chegasse ao fim sentiria falta desses momentos, guardaria todas as lembranças
com muito carinho e quando tivesse seus próprios filhos, criaria tradições
parecidas com eles, para que os mesmos pudessem se recordar disso pelo resto de
suas vidas, assim como era com ela.
Só nos tornamos de fato adultos quando nos entendemos para sempre crianças.
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