Quando ela
tinha apenas 10 anos de idade, seu primo lhe deu uma cachorra como animal de
estimação, seus pais não concordaram muito com a ideia, mas acabaram aceitando
o presente para a menina, visto a felicidade estampada em seu rosto. Ela cuidou
do filhotinho durante todo o percurso até sua casa. Deu-lhe o nome de Catita,
pois havia ouvido uma história em que uma cachorra havia salvo seu dono do
ataque de um cachorro pitbull, e sentia como se essa cachorrinha também fosse
lhe salvar de alguma forma.
Catita
animava seus dias, era responsável pela menina sorrir mais nos últimos dias,
chegava da escola e ia correndo brincar com sua cachorrinha, todos a elogiavam
por sua beleza, principalmente por ser um animal de raça, mas isso não
importava para a menina, o mais importante era a felicidade que ela lhe trazia.
Toda
manhã, quando a mãe da menina não conseguia acordá-la, pedia para que Catita
fizesse isso, a mesma pulava na cama da menina até ela acordar, as duas se
cumprimentavam e ambas voltavam a dormir, abraçadas uma na outra.
O tempo
foi passando e Catita foi mãe, teve 5 filhotes, todas fêmeas e vira-latas,
todas foram adotadas, menos uma; diziam que ela era feia e gorda, ninguém a
quis, mas a menina insistiu com seus pais para que ficassem com ela, pois não
aceitava que ela fosse rejeitada assim. Deu-lhe o nome de Bolinha e ganhou mais
uma cachorrinha para ocupar espaço em seu coração.
As duas
faziam companhia uma a outra quando a menina não estava em casa, Bolinha era
mais bagunceira e ensinava sua mãe a fazer peripécias. Havia um muro que
separava a casa da menina da casa de sua avó, Bolinha ensinou Catita a pular o
muro e estavam sempre visitando a avó da menina, que dava broncas nas duas
pelas bagunças que faziam. Elas brincavam juntas e a menina levava as duas para
passear, elas que escolhiam o caminho, a menina apenas as acompanhava.
Seu pai
havia dado uma injeção em Catita, para evitar que ela engravidasse novamente,
no entanto, a cachorrinha já estava grávida, o que ocasionou sua morte no dia
em que os filhotinhos iam nascer. A menina chorou desolada e culpou seu pai por
isso, perdeu aquela que havia sido sua amiga durante 4 anos. Ela e Bolinha
tiveram que se consolar mutuamente e apenas elas entendiam aquele sofrimento.
Com o
tempo, a dor foi passando, e elas se tornaram cada vez mais unidas. O pai da
menina ensinou Bolinha dar a patinha para cumprimentar as pessoas e ela fazia
isso com todas as visitas que chegavam na casa. Ela gostava de tomar sol
deitada com as patinhas viradas para cima e sempre queria que a menina fizesse
carinho em sua barriga. Mesmo com o tempo passando e a cachorra ficando grande,
ela continuava com a mania de querer sentar no colo da menina, que agora já
havia se tornado uma moça. A moça sentava no chão, enquanto Bolinha ia correndo
para seu colo, gostava do carinho e da companhia.
Bolinha
sempre fugia de fotos, não gostava muito do flash e nem do barulhos que as
câmeras faziam, preferia estar no seu canto, sem ser incomodada dessa forma.
Ela gostava de sair de casa e passear pelo bairro, o que deixava a moça
preocupada, já que ela era bastante distraída ao atravessar a rua. Gostava
também de entrar dentro de casa e fazer bagunça ou dormir no meio dos cômodos.
Sentava como gente e deitava em uma posição que lembrava um jacaré, ela tinha
características particulares e únicas, ninguém era igual a ela.
Conforme
os anos iam passando, a velhice se instalou, Bolinha começou a ter dificuldades
para andar, se tornou mais lenta e já não enxergava como antes, mas seu amor
pela moça (que agora já era mulher) continuou o mesmo, da mesma forma como a
moça continuava a amando, cada vez mais.
Quinze
anos se passaram, até que Bolinha, enfim, se foi. Todas as lembranças estão
guardadas na memória e no coração de sua dona, que a amou em todos os dias de
sua vida. Ela havia partido e o coração de sua dona partiu junto. As lágrimas
rolavam incessantes por seu rosto, o sofrimento foi maior do que ela imaginava.
A moça chorou e chorou, mas sabia que havia feito de tudo para que Bolinha se
sentisse amada e protegida. Sua cachorra havia ido embora, mas o amor que ela
transmitiu sempre estará em seu coração.
Meu Deus que história triste e feliz ao mesmo tempo... Bolinha foi muito amada e viveu longos anos felizes, mas o fim é sempre triste...
ResponderExcluirBolinha continua sendo amada e sempre vai ser! <3
ExcluirAmor de 4 patas só entende quem tem um serzinho fofo para alegrar nossos dias. E ela ainda te deu a Bolinha de presente. Também entendo isso, pois adotei uma cachorrinha que me deu uns presentes que são os xodós da casa aqui também. =)
ResponderExcluirPor mais que tenham ido embora, elas estão num lugar mais tranquilo e te fizeram muito feliz, isso que importa. Fica bem. =)
Mundinho da Hanna
Tem sido bem difícil estar sem ela, foi minha companheira por 15 anos, tento pensar nas boas recordações, e é difícil acreditar que ela se for, e é como você disse, só entende quem já passou por isso.
ExcluirO amor que esses seres de quatro patas despertam na gente é incrível-único. Só quem tem ou teve sabe o vazio que fica depois que eles se vão. Fez um ano que meu menino Patrick (um boxer) se foi e eu ainda o sinto por perto. É uma presença constante.
ResponderExcluirFiquei aqui a imaginar o dia seguinte da personagem. Um cão sempre encontra um caminho para o nosso cuore. Sempre.
bacio
A personagem sou eu, vai fazer um mês que minha Bolinha se foi e a dor é imensa! </3
ExcluirOwnn que história linda. Triste, mas linda. O que seria de nós sem nossos amores peludos? Não consigo imaginar minha vida sem meus bebês de quatro patinhas e já sofri algumas perdas, sei o quanto é doloroso, mas sigo em frente porque o importante é o tempo que passamos juntos. Isso é eterno. Beijos!
ResponderExcluirÉ o que eu penso também, que o mais importante é o tempo que passamos juntas! <3
ExcluirEssa história mostra como os animais são muito inteligentes até mesmo quando fazem bagunça e levam bronca de seus donos eles entendem o porque da bronca...muito bem descrita sua história!!!
ResponderExcluirJuro que não entendi a relação entre seu comentário e o texto, Marcinha! Você leu? :S
ExcluirOs amigos de quatro patas deviam ser eternos!
ResponderExcluirJá perdi um amiguinho assim, ele estava doentizinho e por meus pais não quererem gastar dinheiro com ele, após 3 meses ele faleceu. Os culpei por muito tempo. Ainda sinto falta! </3 Mas o mais importante são as lembranças que ficam. A saudade é tão grande que nem cabe no peito...
Lembre-se sempre com carinho dos momentos juntos.
Beijos,
Maryanne Simplício
Blog Revelador
Com certeza vou sempre lembrar delas com carinho <3
ExcluirChorei, parece que você conheceu todos os meus cachorros e colocou eles em uma história !
ResponderExcluirAcho que esse sentimento é comum em todos que amam os animais <3
ExcluirOii!
ResponderExcluirQue texto tocante! Consegui imaginar cada cena e sentir cada emoção descrita. Sei bem como é a perda de alguém que amamos, independente de quantas patas ou pernas tem.
Beijos
É um momento de tristeza e pesar...
ExcluirAi mds, não teve como não chorar, de verdade, principalmente porque tenho duas gatas e só de imaginar perde-las eu já choro. Esse texto me trouxe lembranças otimas e que sem duvida nunca vou esquecer, mas também trouxe as que de tristeza por perder um amigo que tive por mais de 7 anos. Seu texto além de tocante é lindo, parabéns! Beijos.
ResponderExcluirObrigada pelas palavras, Daianny.
ExcluirOi, tudo bom?
ResponderExcluirQue triste ❤ A vida deles deveriam ser muito mais longas, eles são tão intensos e se vão tão rápido 😢
Concordo com você, Jacke :(
ExcluirChorei com esse texto tão emotivo e cheio de sentimentos.Eu sou apaixonada por animais e sei que um dia também vou passar por isso,já que é inevitável a morte.Espero ter essa coragem de transformar meu sofrimento em uma bela homenagem a esses seres que nos dignifica e nos torna seres humanos melhores!!!
ResponderExcluirEu queria, de alguma forma, poder expressar o quanto elas foram importantes para mim e o quanto sinto falta delas.
ExcluirPermanecerá em memória. Fiquei imaginando o modo de deitar como jacaré. ��
ResponderExcluirÉ como a imagem desse link: http://www.meucaovelhinho.com.br/wp-content/uploads/2016/12/deitado-no-ch%C3%A3o.jpg HAHAHA
ExcluirHistórias de cães são apaixonantes.
ResponderExcluirBj e fk c Deus.
Nana - procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
<3
ExcluirQue lindo seu texto! Cachorros são mais do que anjos e merecem todo o amor e respeito!
ResponderExcluirMe emocionei aqui!
Beijos
Inverno de 1996
É uma história real, Monique! <3
ExcluirQue lindo! Me emocionei.
ResponderExcluirMinha família tem um cãozinho que esta muito velho, não sabemos ao certo a idade dele, ganhamos grande, mas a veterinária calcula em torno de 17 anos, ele não consegue mais caminhar direito, esta com artrose.
Tem dias ele não consegue levantar, e Deus, só de escrever esse comentário me da vontade de chorar, não cuidei muito dele, ele mora com meus pais, mas fico muito triste só de imaginar que ele vai nos deixar um dia, e que ele ta tão velhinho que esse dia pode chegar rápido.
Ontem fiquei muito feliz, cheguei em casa do trabalho e ele logo levantou e veio me encontrar no portão, fiquei extremamente animada, encantada de ver ele de pé tão rápido.
Amamos ele.
Blog Vic Israel / Facebook / Instagram
Essa história é sobre a minha cachorra, há cerca de 2 anos fui morar sozinha e ela ficou na casa dos meus pais, mês passado ela faleceu, e a dor é grande demais, não consigo explicar como é difícil esse momento. Esteja preparada para quando o seu cãozinho se for, e aproveite ao máximo os últimos momentos da vida dele.
ExcluirQue história bonita e triste. Me identifiquei em algumas partes pois tenho 5 cachorrinhas onde 3 são vira-latas. Não consigo imaginar a casa sem a bagunça delas.
ResponderExcluirTem sido difícil pra mim visitar meus pais sem a presença da minha vira-lata mais amada! </3
ExcluirOh estou acabar de passar por uma história exatamente idêntica a esta.
ResponderExcluirA minha gatinha de 15 anos morreu no sábado passado. Eu também a recebi quando tinha 10 anos, não era para mim, era para os meus avós mas acabei por ficar com ela.
Ela proporcionou-me milhares de momentos maravilhosos, é das amizades mais sinceras que alguém pode ter, os nossos amigos de quatro patas são os mais fieis :)
Também fiquei abalada, não há um dia que não lamente e não chore a sua partida, um tempo cura e a minha Mia será sempre um membro da família <3
http://gestoolharesorriso.blogs.sapo.pt/
Com certeza você conseguiu captar os sentimentos por trás desse texto, mesmo que eles não estejam mais presentes na nossa vida, o amor que nos proporcionaram será para sempre!
ExcluirOi Lenise, tudo bem? Gente que história mais triste :( Um misto de amizade, companheirismo, superação e bons momentos. Nunca tive um bichinho de estimação que ficou em casa tanto tempo, ficava no máximo um ou dois anos. Quando éramos crianças alguns vizinhos não gostava de cachorros então jogavam comida com veneno =/ acredito que isso nos deixou um pouco com trauma. Mesmo assim hoje minha irmã tem dois gatinhos e não desgruda deles haha Beijos, Érika =^.^=
ResponderExcluirA Bola foi minha amiga e companheira por todos esses anos, ficará eternamente na minha memória!
Excluirno momento estou com 13 amores de 4 patas por aqui haha minhas gatinhas ganharam babys etão já viu né?! Eu não me imagino mais sem elas, são meus xodozinhos peludos de todos os dias.
ResponderExcluirQuantos bichinhos e quanto amor! <3
ExcluirGrande história, linda e emocionante. Também tenho uma cachorrinha e quando ela partir nem sei... Tenho a certeza que a Catita e a Bolinha foram muito amadas pois é notório na forma como escreveu. Um beijo!
ResponderExcluirElas realmente foram muito amadas, fizeram minha vida muito feliz!
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